29 de nov. de 2011

Sobre a divisão do Pará: Sim ou Não?

Recebi este material muito interessante por email. É uma análise sobre a fragmentação do Estado do Pará. É ler e refletir , mas de forma racional: vale a pena ou não dividir o Pará? Abaixo da análise tem uma enquete. Vote e deixe sua opinião nos comentários. 
O Pará hoje

O Pará após a divisão

O Dr. em Geografia da UFPA, Gilberto de Miranda Rocha, aponta algumas questões que favoreceram o surgimento dos movimentos separatistas :
  •  O contexto histórico dos movimentos emancipacionistas;
  • O processo de redemocratização;
  • A Assembleia Nacional constituinte e a promulgação da nova Constituição Federal;
  • A instituição da comissão de estudos territoriais;
  • Os efeitos territoriais do processo de modernização da economia e da sociedade;
  • Migrações;
  • Fortalecimento do poder dos grupos locais interessados no controle político territorial.
Estudos de viabilidade socioeconômica
O IPEA (Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada), aponta a inviabilidade para a criação dos novos Estados. Sobre o ponto de vista econômico os mesmos já nasceriam com déficit pois dependeriam de repasses do governo federal. Veja os Indicadores econômicos:
  • O Pará ficaria com 56% (R$ 32.527 milhões) do PIB.
  • Carajás com 33% (R$ 19.582 milhões) do PIB.
  • Tapajós com 11% (R$ 6.408 milhões) do PIB.
Segundo o IPEA serão gastos R$ 4,2 bilhões para divisão. Para manutenção dos novos estados serão gastos R$ 2,16 bilhões. O PIB do Pará em 2008 foi de R$ 58,52 bilhões, o estado gastou 16% com a manutenção da máquina pública, nesta estimativa Tapajós gastaria 51% de seu PIB e Carajás, 23%, sendo que a média nacional é de 12,72% ou seja, seriam estados insustentáveis. 
                                fonte: IPEA e IDESP últimos valores coletados e disponíveis do censo de 2009.

Com os novos estados serão criados mais 60 cargos políticos, sendo, para cada unidade, no mínimo oito deputados federais, vinte e quatro estaduais e três senadores. Cada dep. federal receberia R$ 26.273,13 sem contar as despesas com verbas de gabinete, plano de saúde, passagens aéreas, moradia, gastos administrativos, ajuda de custo, auxílio vestuário etc., somando um custo de R$ 10,5 milhões por ano, e mais R$ 10,8 milhões só com os novos senadores.Outro fator preponderante são os gastos com a criação da infraestrutura como Tribunais, sede do Ministério Público, sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; equipamentos para o funcionamento das diversas secretarias e demais órgãos do governo como escolas, creches, hospitais, postos de saúde; segurança; aquisição e aluguel de veículos e prédios; material de consumo e permanente; despesas com pessoal, cargos de confiança etc., para atender o funcionamento dos novos estados.
 Uma análise sobre os argumentos usados para a divisão do Pará:
  • A dimensão territorial do Pará dificulta a administração adequada dos serviços públicos: 
 A imensidão territorial do Pará não é justificativa para falta de políticas públicas para a região, exemplo: Alagoas e Sergipe são os menores estados do país, mas possuem um dos piores IDHs, pela extensão seriam, teoricamente, fácil de governar. O Estado do Rio de Janeiro possui o 2º maior
PIB nacional mas possui gritantes indicadores de misérias. Não é a dimensão geográfica que determina se a política chega a população e sim o modelo de gestão.
  •  A criação dos novos estados é um projeto de desenvolvimento econômico e social para a região:
 A criação de novos estados não é garantia para desenvolvimento da região e para o fim dos conflitos fundiários pois, como já vimos, ambos nasceriam com dependência econômica; como pensar em desenvolvimento sem mostrar como desenvolve-lo? Em quanto a questão fundiária os conflitos se intensificariam pois maior parte dos políticos e empresários locais estão ligados a latifúndios rurais e especulativos, e são os que lutam pela divisão.
  • O Estado de Tocantins é um exemplo que deu certo:
 No caso de Tocantins é importante lembrar que, na época, a União bancou a estrutura do novo estado por 10 anos, com Carajás e Tapajós não será igual, pois o artigo 234 da Constituição definiu que fica vedada à União assumir quaisquer despesas com a criação de novos estados, ou seja, quem vai pagar as contas somos nós.
  • A pobreza existente em uma região tão rica do Estado:
 O problema da miséria, conflitos agrários, grilagem de terras, mortes no campo, desmatamento e exploração de forma criminosa dos recursos florestais, também não seriam resolvidos com a emancipação local.
  •    Os imigrantes promoveram o desenvolvimento da região:
   Não foram os imigrantes do centro-sul que desenvolveram o sudeste paraense como fazem crer, muito pelo contrário, foi o Estado do Pará, com incentivos da SUDAM, que possibilitou uma vida melhor do que tinham em seus estados.
  •   Com a divisão do estado será mais fácil gerar políticas de desenvolvimento:
A miséria na região é produto do modelo perverso de desenvolvimento imposto pelo Governo Federal à região, os benefícios ficaram para os setores produtivos do agronegócio e mineração. Em 2009 o Pará obteve US$ 7,5 bilhões de saldo na balança comercial, contudo, tivemos o menor repasse de verbas do Governo Federal. Em geral, todos os paraenses são vítimas da geopolítica do governo brasileiro que só faz aumentar as desigualdades entre as regiões, Belo Monte é um exemplo. Quem ficará com as mazelas de Belo Monte e quem se beneficiará dela? nenhum % da energia gerada por ela atenderá a nossa região, será toda destinada para atender as empresas do centro-sul do Brasil. O próprio governo apontam que a UHE de Belo Monte vai gerar 18 mil empregos direto e 22 mil indiretos, sendo que a estimativa de migração para região é de 100 mil, ou seja, 60 mil pessoas desempregadas vão formar os bolsões de pobreza nas cidades que não possuem Infraestrutura para receber este contingente, somos lembrados apenas para favorecer o desenvolvimento da regiões centro-sul. A lei Kandir e a federalização das terras paraenses são outros exemplos.
E agora, o que você acha? Vote e opine! 

Você é a favor ou contra a divisão do Pará?

Sou a favor apenas para a criação do Estado de Carajás

Sou a favor apenas para a criação do Estado de Tapajós

Sou totalmente a favor

Sou totalmente contra a divisão do Pará em qualquer hipótese




Um comentário:

  1. vamos votar contra essa essa divisão do PARA
    PQ nimguem quer um PARAZINHO
    VAMOS VOTAR 55
    POR FAVOOOOOOOOOOOOOOOOOORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
    BJSSSSSSSSSSSSSSSSS
    XAAAAIUUUUUUUUUUUUUUUU

    ResponderExcluir

Deixe aqui seu comentário. Obrigado!

Como fazer um projeto dar certo

Objetivos do blog

Interação e divulgação dos eventos e das atividades da comunidade escolar são nossos objetivos.